O desenvolvimento infantil é um dos assuntos mais discutidos entre os profissionais da área da saúde e educação por representar um processo importante na formação de adultos saudáveis, seguros e capazes de buscar a sua autonomia, felicidade e sucesso na vida.
Do zero aos três anos de idade é iniciado o desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial da criança e ele pode ser estimulado através de diversas atividades como no caso do desenho.
O desenho é uma atividade capaz de ajudar a criança a se expressar e contribui positivamente com a sua coordenação motora, visão e outros aspectos. Ele não deve ser encarado como apenas um entretenimento à criança, mas uma atividade que vai impulsionar o seu desenvolvimento cognitivo e expressivo. Ou seja, ele pode oferecer muitos benefícios.
Saiba mais no texto sobre como o desenho pode impulsionar o desenvolvimento da criança.
O desenho como ferramenta para o desenvolvimento infantil
Uma simples folha de papel sulfite e lápis coloridos podem oferecer a criança muito mais do que alguns momentos de distração, expressão e divertimento. É claro que desenhar ainda deve ser encarado como uma brincadeira durante a infância, porém essa atividade tem a capacidade de oferecer resultados incríveis para o desenvolvimento infantil.
Inicialmente as crianças enxergam o papel e lápis como um exercício que proporciona prazer e alegria. No espaço vazio elas desenham riscos por todo o papel com o simples objetivo de ocupar a folha. Não há uma representação da realidade, apenas o desejo de riscar, porém após alguns anos esses rabiscos se transformam em representações da realidade.
Elas são capazes de expressar opiniões, sentimentos e inclusive criar uma cena completa em seus desenhos que por sinal vai acompanhando o seu desenvolvimento. Ou seja, a cada etapa de sua vida há uma nova forma de desenhar ou, no caso, uma evolução diante de seus traços.
Como o desenho ajuda no desenvolvimento cognitivo infantil
O ato de desenhar deve ser percebido como uma atividade espontânea, portanto, é fundamental que os adultos respeitem o que a criança está expressando em seu desenho.
É óbvio que os pais e educadores criam expectativas quanto a evolução da criança a partir do desenho, mas ela jamais deve se tornar uma atitude agressiva capaz de obrigar a criança a desenvolver determinados riscos e formas. Ou seja, não deve existir pressão e sim estímulo.
Durante a infância o desenvolvimento motor e intelectual possui uma grande conexão e por isso o desenho é uma atividade relevante ao período por se tratar de algo que articula os desejos da criança e ainda demonstra a sua capacidade de se comunicar e criar.
Essa arte expressiva tem a capacidade de ajudar a criança a criar consciência sobre o espaço, a sua presença e ainda motiva a sua sensibilidade. É uma atividade que cultiva a capacidade perceptiva e, portanto, faz com que ela valorize a sua identidade, assim como crie segurança quanto a sua forma de se expressar – seja através de rabiscos ou formas mais trabalhadas.
As fases do desenvolvimento infantil segundo os desenhos
Por incrível que pareça existem fases do desenvolvimento infantil que podem ser representadas através de desenhos. Por exemplo, na primeira fase da criança os rabiscos podem parecer uma agressividade, porém não há nada a ser representado apenas a percepção do seu prazer em fazer determinados movimentos.
Já nos próximos anos de vida é possível notar uma evolução na forma como a criança desenha e obviamente que os desenhos podem ser encarados como expressão. Ou seja, ela começa a demonstrar o desenvolvimento cognitivo infantil e conforme é estimulada há uma evolução.
Em tese cada fase de desenho pode indicar algumas representações, como por exemplo, os desenhos circulares ou garatuja ordenada que é quando a criança começa a desenhar círculos e nesse momento começam a representar imagens que surgem na mente ou a fase de pré-esquema que pode ser percebida em três etapas e nelas o desenho começa a ganhar forma.
Na primeira pré-esquema, por exemplo, a criança costuma desenhar apenas aquilo que sabe ou consegue sobre o objeto e acontecimento, já na segunda fase o desenho tem formas estruturadas e ela se preocupa em buscar elementos que ajudam a representar o ambiente
Cada desenho é um indicativo da fase que a criança vive
Na psicologia o desenho pode ser um dos principais indicativos de qual fase a criança está vivendo e por vezes os profissionais da área conseguem aprimorar um diagnóstico com base no que a criança desenhou, assim como trabalhar para solucionar problemas e afins.
É claro que o desenho deve continuar sendo uma atividade de diversão para as crianças, porém também é interessante percebê-lo como uma ferramenta que estimula a sua expressão, autoconfiança, aprendizagem e inclusive a formação de sua personalidade.
Agende uma consulta com a neuropsicóloga no ES para entender como o desenho pode favorecer o desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial de seu filho.