Crianças e Tecnologia: Conheça os Problemas Causados pelo Excesso de Telas no Desenvolvimento Infantil
A tecnologia invadiu todas as esferas da sociedade trazendo muitos benefícios para nossa rotina e comunicação. Mas, quando consideramos as crianças é preciso refletir não somente nos benefícios mas também nos problemas que o excesso de telas pode ocasionar, gerando impactos no desenvolvimento infantil, em especial no neurodesenvolvimento. A Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES, te ajuda a entender mais sobre o assunto!
Primeiramente vamos esclarecer que as crianças estão imersas no mundo da tecnologia e não temos como parar esse processo: tudo ao nosso redor inclui recursos tecnológicos e telas. Essas telas incluem o computador, notebook, celular, tablet, videogame, televisão e etc. Se isso é tão natural na nossa rotina, qual é o problema para as crianças?
Na infância, muitos processos estão acontecendo no que se refere ao neurodesenvolvimento e desenvolvimento cognitivo das crianças, processos que devem ser estimulados no ambiente em que a criança se encontra. Quando falamos de cognição está em evidência processos como raciocínio, atenção, solução de problemas, compreensão, memória, tudo isso faz parte do desenvolvimento infantil e é muito influenciado pelos estímulos nos primeiros anos de vida.
Quais são os estímulos que as telas de fato oferecem? Principalmente visuais e auditivos, o que não é suficiente para abraçar as necessidades do desenvolvimento infantil. A distração passiva oferecida pelas telas através de jogos, por exemplo, é muito diferente da brincadeira ativa, que envolve o uso do corpo, a interação com o ambiente e com o outro.
Esse tema é tão importante, que o desenvolvimento infantil em sua integralidade é assegurado pela Constituição Federal (1988) em seu artigo 227 como um direito da criança. Durante essa faixa etária, o desenvolvimento infantil e, em especial, o neurodesenvolvimento, depende de uma série de fatores que envolvem interações e estímulos. Vamos falar mais sobre isso! Qual é, de fato, o problema que o excesso de telas pode gerar? Acompanhe a leitura que a Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES vai te explicar.
Riscos para o Neurodesenvolvimento e Quantidades Recomendadas
A problemática em torno do uso excessivo de telas e o desenvolvimento infantil já foi abordada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que emitiram orientações para as famílias e responsáveis, estipulando o limite de tela por faixa etária, de forma a evitar riscos para o neurodesenvolvimento e desenvolvimento infantil por completo.
Para ser pleno, o desenvolvimento infantil envolve estímulos sensoriais como tato, olfato, paladar, visão e audição, que permitem a conexão entre neurônios. Por esse motivo, a interação com a família e na escola tem um papel chave para o neurodesenvolvimento. Seria possível obter isso através das telas? Não! Esses tipos de interação para o desenvolvimento infantil vão além do estímulo virtual.
Além de não fornecer os estímulos que a criança precisa, a exposição às telas pode gerar riscos que incluem:
- Atraso no desenvolvimento da linguagem;
- Déficit de atenção;
- Distúrbios de aprendizado;
- Aumento da impulsividade;
- Dificuldades com habilidades motoras, emocionais e de comunicação;
- Comprometimento do sono;
- Obesidade, sedentarismo.
Os resultados de um estudo apontaram que a cada hora que a criança passa exposta a telas sua habilidade de comunicação é menor! Isso porque a interação não está acontecendo, nem os estímulos necessários para o desenvolvimento infantil e particularmente para o neurodesenvolvimento.
Sabendo de todos esses riscos para o neurodesenvolvimento e desenvolvimento infantil geral da criança, por que o uso de telas está em constante aumento? Essa prática muitas vezes está associada à necessidade de entretenimento da criança, optando por estímulos virtuais. Mas será que a falta desse entretenimento é prejudicial? A criança precisa organizar os pensamentos, imaginar e usar a criatividade de outras formas, que não somente as oferecidas pelas telas.
Sendo assim, quais são as quantidades recomendadas pela SBP em relação ao tempo de tela? A Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES ajuda a compreender essas recomendações:
Abaixo de 2 anos de idade: a quantidade recomendada é zero! Até os dois anos qualquer exposição pode ser prejudicial para o desenvolvimento infantil. A SBP lembra: a exposição também não pode ser passiva! Ela também gera riscos no neurodesenvolvimento. Um exemplo é quando a criança está brincando, mas a televisão está ligada e os pais assistindo, pois essa prática atrapalha no desenvolvimento da brincadeira e da concentração, além de limitar a interação entre os pais e a criança.
De 2 a 5 anos de idade: a quantidade recomendada é no máximo 1 hora por dia, com supervisão dos responsáveis. Importante ficar atento ao tipo de conteúdo que a criança está sendo exposta!
De 6 a 10 anos de idade: a quantidade recomendada é entre 1 e 2 horas por dia, lembrando novamente da supervisão do conteúdo.
De 11 a 18 anos de idade: para os adolescentes, a quantidade ideal de exposição a telas seria de 2 a 3 horas por dia.
Como estabelecer esses limites que beneficiam o neurodesenvolvimento? A Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES enfatiza a importância de seguir alguns passos dentro de casa, e procurar ajuda de um profissional de psicoterapia com crianças sempre que for necessário.
Não é uma Matemática Exata! Podemos te Ajudar com Isso
Vale ressaltar que as crianças possuem sua individualidade e podem ser afetadas de formas diferentes pelo uso excessivo das telas, não se tornando possível prever as consequências para cada contexto. Por isso a Dra Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES, é uma profissional apta a ajudar as famílias nesse processo e analisar cada caso individualmente!
É importante abordar de forma individualizada os desafios que as famílias podem encontrar ao limitar o tempo de tela, bem como os processos que podem ter sido originados pelo excesso de tela. Estamos aqui para te ajudar com isso!
Seguem algumas recomendações que podem auxiliar no controle do tempo de tela e, consequentemente, estimular o desenvolvimento infantil e o neurodesenvolvimento:
- Utilizar as tecnologias digitais em ambientes comuns, evitando deixar a criança isolada em seu quarto.
- Evitar o uso de telas durante as refeições (para toda a família!)
- Evitar o uso de telas próximo da hora de dormir (1 a duas horas antes), para ajudar na qualidade do sono.
- Estimular atividades ao ar livre, natureza, parques e em conjunto
- Dar o exemplo! No processo de desenvolvimento infantil a criança observa muito a forma de agir de todos ao seu redor.
Por fim, em cada um desses processos as famílias podem contar com o apoio de profissionais especializados como a Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES, para ajudar a criar as regras de convívio familiar ou lidar com questões que podem ter surgido a partir do excesso no uso das telas, a partir de uma avaliação neuropsicológica.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda, ainda, a convivência familiar longe das telas, com conversa, interação, prática de esportes, brincadeiras, e diversos outros fatores que estimulam diretamente o desenvolvimento infantil. Além disso, é importante criar regras saudáveis para o uso das telas e recursos digitais, conversando e explicando para as crianças o porquê dessas regras.
Você ainda tem alguma dúvida sobre o desenvolvimento infantil e o uso excessivo de telas? Entre em contato com a Dra. Maria Lígia, neuropsicóloga em Vitória – ES! Será um prazer atendê-lo e auxiliar nesse processo.